SERVUS SERVORUM DEI
IOANNES PAULUS, EPISCOPUS
SERVUS SERVORUM DEI
AD PERPETUAM REI MEMORIAM
«No momento em que um bispo é ordenado, este recebe a missão de “incorporar por celeste graça a ação paternal (1Cor 4, 15) novos membros no seio da igreja e com prudência e sabedoria dirigir e orientar o povo de Deus do Novo Testamento na peregrinação ao redil eterno, a Jerusalém Celeste” (Constituição Conciliar Æternum Patris, sobre a natureza do Colégio Apostólico, n° 11.). A escolha e envio dos primeiros apóstolos pelo próprio Cristo é acompanhado por esta missão, buscando perenizar o que fora ordenado por Ele: “Ide pelo mundo inteiro, pregai o evangelho a toda criatura” (Mt 28, 19).
Hodiernamente, todos nós, constituídos bispos, somos chamados a ouvir esse apelo e, assim, cumprir com este múnus. O livro dos Atos dos Apóstolos reforça: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue” (At 20, 28). Torna-se compreensível, portanto, aquilo que somos chamados a perpetrar.
Decerto, não há melhor exemplo para nós do que o próprio Jesus, aquele que é, por excelência o Bom Pastor. Aquele que protege suas ovelhas do mal e cuida delas com carinho. O Senhor dá a vida pelas suas ovelhas (cf. Jo 10, 11), enfrentando e protegendo-as dos perigos que constantemente as rodeiam. Jesus se entregou pelo seu rebanho e nos motiva a fazer o mesmo.
Não obstante, muitos dos líderes que hoje são chamados para esta missão, não a abraçam como caminho de salvação próprio e dos outros. Desta maneira, por causa dos maus pastores, diversas ovelhas são perdidas. Dessas, o próprio Jesus nos fala: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10, 16).
No entanto, ainda hoje conseguimos ver, em alguns pastores, a chama do ardor missionário. O desejo de se aproximar, cada vez mais, daquele que é chamado Bom Pastor e, assim, doar a sua vida em prol das ovelhas que lhe foram confiadas.
Portanto, tendo observado este prisma, entendendo que ainda são muitas as ovelhas que estão desgarradas fora da Igreja, voltando nossos olhares para aquelas que estão no território da Arquidiocese de São Paulo e aspirando auxiliar o Arcebispo Metropolitano, Dom Victor Gabriel Cardeal Santos nesta missão, vimos por bem nomear-te bispo auxiliar da referida, com todos os direitos e deveres que este encargo lhe confere, deste modo, TE NOMEAMOS e CONSTITUÍMOS bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.
Rogo sobre ti, amado filho, as bênçãos de Deus para que possas, cumprindo com aquilo que prometestes, auxiliar e guiar o povo desta Igreja até o céu, fazendo-as participar, no fim, da alegria eterna.
Sem mais, despeço-me rogando sobre este rebanho e sobre esta Igreja Particular, sob a intercessão de Nossa Senhora da Assunção, as bênçãos do Cristo Bom Pastor.
Dado e passado em Roma, junto a São Pedro, aos seis dias do mês de novembro, do ano de dois mil e vinte e quatro, segundo de nosso pontificado.
+ Ioannes Paulus, Pp. VI
Pontifex et Papam
Após um momento de silêncio:
℣.: O Senhor esteja convosco.
℣.: Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre convosco.
℟.: O amor de Cristo nos uniu.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Pres.: Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que a nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno.
Então o sacerdote pode voltar à cadeira. É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou proferir um salmo ou outro cântico de louvor.
Bispo: O Senhor esteja convosco.
Todos respondem:
℟.: Ele está no meio de nós.
O celebrante diz:
Bispo: Bendito seja o nome do Senhor.
Todos respondem:
℟.: Agora e para sempre.
O celebrante diz:
Bispo: Nossa proteção está no nome do Senhor.
Todos respondem:
℟.: Que fez o céu e a terra.
Então o celebrante recebe o báculo, se o utilizar, e diz:
Bispo: Abençoe-vos Deus todo-poderoso,
e fazendo três vezes o sinal da cruz sobre o povo, acrescenta:
Pai + e Filho + e Espírito + Santo.
Todos:
℟.: Amém.
Então o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início. Feita com os ministros a devida reverência, retira-se.